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Paraisópolis em transformação
  
Assessoria de Comunicação
08/10/2009

Desde o início de 2008, a comunidade de moradores de Paraisópolis assiste e participa do processo de transformação da segunda maior favela da cidade de São Paulo.

Prefeitura, governo do Estado e governo federal trabalham juntos na urbanização da área. O objetivo: transformar a favela em bairro, garantindo aos seus moradores o acesso à cidade formal - saneamento básico, asfalto, iluminação, serviços e equipamentos públicos.

O Condomínio F - primeiro conjunto de apartamentos que foi entregue à população de Paraisópolis, em setembro - é uma amostra do que vai acontecer até o final do Programa de Urbanização de Favelas da Secretaria Municipal de Habitação da prefeitura de São Paulo (SEHAB).

Hoje, quem passa por ali vê um belo conjunto de quatro prédios com 126 apartamentos de 50 metros quadrados cada um. Mas quem mora há mais tempo na comunidade, como D. Ana Ribeiro Silva, sabe que naquele local havia "um córrego fedido".

D. Ana conta que, quando chovia, a água levava tudo o que a família possuía e eles ficavam vários dias sem ter onde ficar. "Meus netos estão vivos por milagre", comemora e aponta as crianças que brincam na frente da porta de sua casa, que ainda traz as marcas das enchentes. 

Trabalho social

Na área do Condomínio F, moravam várias famílias em situação de risco. Mas nem mesmo os alagamentos constantes foram argumentos convincentes na hora da remoção dessas famílias para que a prefeitura pudesse iniciar o trabalho de canalização do córrego e as obras do condomínio.

O sociólogo Edson Belvis, coordenador do trabalho social que a Cobrape realiza há mais de um ano em Paraisópolis, explica que é natural a reação negativa de algumas famílias diante da perspectiva de mudança de vida. "Lidamos com pessoas que moram há muito tempo na mesma casa e realmente não desejam se mudar, por mais que seus tetos estejam sob ameaça", diz.

Esse é apenas um dos desafios do trabalho social desenvolvido em Paraisópolis.  Há casos tão particulares que só mesmo profissionais com formação em Serviço Social e muita experiência de campo conseguem desvendar, como o caso do seu Cosme, relatado por uma moradora da comunidade que foi para o Condomínio F, a viúva D. Antonia.

D. Antonia mora há 16 anos em Paraisópolis. Veio de Itabuna, Bahia, e a mudança para o novo lar foi recebida com aquela sabedoria de quem já passou por muita coisa na vida. "Para mim, melhora. Eu, morando em paz, fico bem", comentou. "Só não sei como as meninas [equipe de campo da Cobrape] vão fazer com o seu Cosme - ele quer se mudar para o F com os cachorros. Ele tem dois cachorros, o apartamento tem dois quartos, acho que vai ficar um quarto para ele e outro para os cachorros", imagina a senhora.

Desde abril de 2008, uma equipe multidisciplinar da Cobrape está instalada no coração de Paraisópolis para oferecer o suporte social necessário às ações de urbanização da área. São sociólogos, assistentes sociais, geógrafos e um arquiteto que acompanham as famílias beneficiárias do projeto por meio de atividades integradas.

O trabalho começa com a elaboração de diagnóstico completo sobre a situação das famílias, da comunidade e do meio físico. Equipe e comunidade começam a construir um vínculo de parceria e colaboração, que se intensifica na fase de apresentação e discussão dos projetos e de seus cronogramas - a ideia é que todos tenham conhecimento e participem do processo de transformação da área.

A equipe social também é destacada para cuidar das remoções, que exigem planejamento, operação e acompanhamento específicos.

No dia a dia, os técnicos sociais administram um plantão de atendimento, local onde os moradores encontram respostas para suas dúvidas durante todo o período de obras.

Além desse trabalho diário de acompanhamento das famílias, a equipe promove ações de educação ambiental; mobilização e organização comunitária; geração de trabalho e renda e inclusão social.

Todo o trabalho social é amparado por pesquisas qualitativas, pesquisas sócio-econômico-ambientais e uma série de instrumentos e procedimentos específicos desse novo campo de atividade, que faz da urbanização de favelas mais do que um conjunto de obras, porque coloca as pessoas no centro das atenções.

A Cobrape desenvolve o trabalho social do Programa de Urbanização da prefeitura nas comunidades de Paraisópolis, Jardim Colombo e Porto Seguro, Heliópolis, Jardim São Francisco, Jardim Nazaré, Jardim Guarani, Tiro ao Pombo, Cidade Azul e Jardim Celeste.

Veja imagens do Conjunto F e de moradores de Paraisópolis

Veja este trabalho em nosso portfólio

 

Sandra Di Croce Patricio, da Assessoria de Comunicação

 
 
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