Mais agilidade, segurança e otimização do tempo. Essas são as principais características das novas ferramentas tecnológicas implementadas pela Cobrape: Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA), conhecidos como drones, e as workstations ou PCs na nuvem. São recursos eficientes para proporcionar os melhores resultados nas atividades. 

O uso de drones não é exatamente uma novidade. Desde 2018 a Cobrape tem usado a tecnologia em diversos contratos. A diferença é que agora ela adquiriu o equipamento.  

O geógrafo Carlos Eduardo Ribeiro explica que o objetivo é que a tecnologia seja usada nos contratos da empresa, como os de regularização fundiária, por exemplo, para mapear o perímetro e subsidiar a vetorização dos lotes que serão incorporados dentro do projeto de regularização fundiária. O desenho preciso das divisas físicas dos lotes, além do levantamento planialtimétrico de campo, é feito com a ortofoto, que é processada a partir do voo. A ortofoto é a imagem resultante da sobreposição calculada de diversas fotos ortogonais, após processamento, que elimina a curvatura do globo terrestre, permitindo, assim, que sejam feitas medições em escala dos objetos. É possível calcular áreas de mata, ocupações irregulares e acompanhar o avanço de obras de engenharia. 

As câmeras para gravação de imagens também são outro recurso importante utilizado pela Cobrape para o acompanhamento e monitoramento periódico das atividades. A tecnologia time lapse permite visualizar os avanços dos projetos de maneira eficiente, proporcionando benefícios como controle do cronograma da obra, otimização do tempo, redução dos custos e segurança de dados, já que os arquivos gerados ficam armazenados na nuvem. 

Esta técnica é utilizada, por exemplo, no contrato do Programa Novo Rio Pinheiros, do Governo do Estado de São Paulo, coordenado pela Sabesp, que pretende restituir à população paulistana, até 2022, um Rio Pinheiros mais limpo, com a vida aquática recuperada e livre de odores. 

Os drones também são usados em projetos sociais, como o desenvolvido para a Secretaria de Habitação da capital paulista, por exemplo. Neste caso, o objetivo é qualificar e otimizar os trabalhos de mapeamento das famílias que residem em ocupações irregulares, áreas de mananciais e nos perímetros de risco listados pelo município. Para o cadastro socioeconômico das famílias é necessário o mapeamento e identificação dos núcleos e dos domicílios. A partir do uso da ortofoto, os núcleos são delimitados e os domicílios são vetorizados com precisão. E os mapas elaborados darão subsídios às etapas posteriores de remoção e reassentamento das famílias. 

Outro exemplo de uso da ferramenta é no contrato com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Os drones foram utilizados para fazer o acompanhamento técnico das obras de provisão habitacional e urbanização que estão em execução no Vale do Ribeira, região de São José dos Campos e na Baixada Santista. Também neste trabalho, os vídeos e imagens captados de forma específica foram utilizados para subsidiar o processo de vistoria e inspeção técnica de infraestrutura urbana. 

O drone usado pela empresa está devidamente homologado na Anatel, registrado na Anac, possui prefixo de identificação e seguro. Todo voo com a aeronave remotamente pilotada precisa ter a autorização de uso do espaço aéreo, que passa pelo processo de cadastramento na plataforma do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Em casos de proximidade de helipontos, aeroportos e instalações militares é necessário que, juntamente com o pedido, seja enviado documento que autorize uma janela de voo com a anuência do responsável.  

Melhor desempenho 
Além dos drones, a Cobrape está investindo em PCs na Nuvem ou workstations, que são microcomputadores de alta performance idealizados para serem usados em aplicações técnicas ou científicas. Oferecem melhor desempenho, capacidade de processamento e baixo custo, pois o valor pago se dá pelo tempo de uso. “Estas características permitem ganhos em escala, podem ser usados em diversos contratos ao mesmo tempo, e proporcionam flexibilidade e mobilidade à equipe”, destaca Otávio Ferrari, gerente de Informática.  

Ferrari explica que a empresa está estruturando um setor técnico, o Departamento de Inovação Tecnológica, com centro de custos específico, para planejar e executar todas as operações decorrentes da utilização dos drones e respectivos produtos, tais como vídeos, fotos, ortofotos e outras modelagens.