A proposta final do Plano de Saneamento Básico – Água e Esgoto do Município de Jundiaí para os próximos vinte anos, elaborada pela Cobrape, foi apresentada em Conferência Pública realizada no último dia 19 de novembro com a participação do prefeito Pedro Bigardi, do diretor presidente do DAE S.A, Jamil Yatim, além de diretores e funcionários da empresa e de representantes da sociedade civil. O Plano tem como objetivo garantir a qualidade no atendimento dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e sua universalização até 2036.
Na abertura do evento, o prefeito falou da importância do Plano de Água e Esgoto, que vem complementar outras iniciativas de sua gestão, como o Plano Diretor e os Planos de Resíduos Sólidos e de Macrodrenagem. “Jundiaí já tem um histórico de investimentos em água, esgoto e em mananciais, é referência nessa área”, disse ele. “Agora esse Plano vai nortear o futuro do município.” Concluiu parabenizando todos os envolvidos nesse trabalho.
O diretor-presidente do DAE, por sua vez, afirmou que as ações propostas, a serem executadas de acordo com a ordem de prioridade – emergenciais, de curto, médio e longo prazo – são fundamentais para que Jundiaí se mantenha no topo do ranking das cidades brasileiras com os melhores índices de saneamento. “Temos um compromisso com a sociedade”, disse ele, “e executar esse Plano é escolher o cenário que desejamos para o futuro, é tomar consciência sobre nosso papel ambiental, social, econômico e político.”
Programas, Metas e Ações
Em sua apresentação, as técnicas da equipe Cobrape Raissa Vitareli (Abastecimento de Água), Lívia Lobato (Esgotamento Sanitário) e Thais Pereira (Mobilização e Comunicação Social) – sob a coordenação da arquiteta e urbanista Adriana Cardoso – detalharam os procedimentos adotados para o cálculo da demanda pelos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário para os próximos 20 anos.
O cálculo de demanda residencial fundamentou-se na projeção do crescimento populacional do município até 2036. Para os setores industrial, comercial e de serviços, considerou-se a estimativa de expansão da atividade econômica ao longo do período. Com base nesses prognósticos, foram propostas ações visando atender a Lei Federal nº 11.445/2007, que instituiu a Política Nacional de Saneamento Básico.
Para os serviços de abastecimento de água, concluiu-se que a capacidade dos sistemas será suficiente para atender às demandas ao longo do horizonte de planejamento, considerando que sejam atingidas as metas progressivas de redução de perdas de água na rede de distribuição e que seja implantada uma nova estação de tratamento de água e outros pontos de captação.
Para os serviços de esgotamento sanitário, observou-se que a Estação de Tratamento de Esgoto Jundiaí tem capacidade para tratar todo o esgoto gerado pelas residência e dos estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços. Dentre as ações propostas, podem ser citados: a expansão do sistema coletivo; o programa de identificação de lançamento de esgoto in natura em cursos d’água; o programa de identificação de lançamentos cruzados entre redes de drenagem pluvial e de esgoto; e a reestruturação da manutenção de esgoto.
As ações propostas incluem ainda soluções individuais, visando contemplar o atendimento pelos serviços em todo o território municipal.
Além de medidas relacionadas a esses dois eixos do saneamento, destacam-se ações de cunho institucional, como a criação de um grupo técnico para acompanhamento do Plano, bem como de suas revisões, durante os 20 anos de planejamento. Foi proposto um programa de mobilização social, a fim de garantir a participação da população através de seminários anuais de acompanhamento do Plano, fóruns semestrais de saneamento e elaboração e divulgação de boletins informativos.