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Técnicos da Cobrape vão debater os desafios da crise hídrica e a relação PIB/disponibilidade de água
  
Assessoria de Comunicação
07/07/2015

Engenheiro Luis Eduardo Gregolin Grisotto

  • Engenheiro Luis Eduardo Gregolin Grisotto

Trabalhos sobre os dois temas foram aprovados para apresentação no Congresso da ABES nacional em outubro

 

Consultoria com centenas de projetos realizados na área de recursos hídricos, a Cobrape não poderia deixar de contribuir com as ideias a serem apresentadas e debatidas no 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, evento promovido pela ABES nacional a se realizar entre os dias 4 e 8 de outubro no Rio de Janeiro.

“Desafios ao Planejamento e à Gestão Hídrica no Estado de São Paulo em Tempos de Crise” – o primeiro deles – foi elaborado pelos engenheiros Alceu Guérios Bittencourt, diretor da Cobrape e presidente da ABES/SP, Carlos Alberto A. de Oliveira Pereira, Luis Eduardo Gregolin Grisotto, João Jorge da Costa e Jaqueline Patrícia de Oliveira Haupt.

Já “Relação entre a Densidade do PIB e a Oferta Hídrica no Brasil e no Mundo como Subsídio ao Planejamento e ao Desenvolvimento Regional” tem como autores o mesmo Luis Eduardo Gregolin Grisotto, ao lado de Luciana Campos de Oliveira e João Pedro Marques Ribeiro. Os dois textos foram aprovados pela comissão da ABES encarregada da seleção das colaborações técnicas.

Grisotto vê no evento uma oportunidade para aprofundar e qualificar tecnicamente o debate sobre a crise hídrica e viabilizar meios para enfrentá-la. O engenheiro, que é também conselheiro da ABES/SP e coordenador da Câmara Técnica de Recursos Hídricos da entidade, vem participando de fóruns acerca de questões ligadas ao tema geral do Congresso: "Alterações Climáticas e a Gestão do Saneamento Ambiental".

"A ABES é uma entidade referencial no setor. E a questão do saneamento se ampliou: é hoje um conceito abrangente, envolvendo meio ambiente, água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem. Além disso, estamos convivendo com uma crise de proporções inéditas, com impactos nunca antes percebidos. É uma incógnita se essa situação permanecerá, o que gera grande incerteza", analisa.

Gestão

Conforme afirma Grisotto, a severidade da crise hídrica registrada no Estado de São Paulo e na região sudeste provocou a necessidade de uma reflexão mais profunda em torno das medidas de prevenção e enfrentamento de eventos extremos. “Se, de um lado, a crise resulta em mudanças nas demandas e nos padrões de consumo, por outro lado há o inevitável aumento do valor da água e maiores exigências para o planejamento e a gestão dos recursos hídricos”, comenta.

O engenheiro destaca que esses e diversos outros aspectos foram debatidos no Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos da Macrometrópole Paulista, elaborado pela Cobrape para o Governo do Estado de São Paulo, que propôs uma série de medidas de aproveitamento dos recursos hídricos, gestão da demanda e desenvolvimento institucional, voltadas à sustentabilidade e à garantia da segurança hídrica em toda a região.

Entre as soluções indicadas no Plano da Macrometrópole, que deverão ser reforçadas durante as apresentações no Congresso, incluem-se os projetos de novas fontes de suprimento de água, ampliação dos volumes de reservação (e subsequente aumento da capacidade global de regularização de vazões), estruturação de planos de contingência, viabilização de programas permanentes da gestão da demanda de água (controle de perdas, uso racional da água, reúso, educação ambiental, comunicação social, atuação em áreas de ocupação irregular, etc), modelagem e fortalecimento institucional.

No campo da gestão, Grisotto é enfático ao mencionar que o cenário de incertezas climáticas e novos padrões operacionais e comportamentais deverão resultar em aprimoramentos e maior integração dos processos e instrumentos de planejamento e gestão de recursos hídricos, meio ambiente e ordenamento territorial. "Um dos principais desafios é a gestão integrada. Temos múltiplas instituições envolvidas, em diversas esferas, operando e regulando, elaborando normas e planejamento. É preciso integrar, de forma inteligente, isso tudo", comenta Grisotto, antecipando propostas a serem apresentadas no evento.

PIB

Em relação ao segundo estudo – “Densidade do PIB e a Oferta Hídrica” –,  as questões enfatizam a chamada “hidroeconomia”, conceito utilizado pelo Conselho Mundial da Água e que já foi objeto de artigo científico apresentado pelo engenheiro Grisotto no 6º Congresso Luso-Brasileiro para Planeamento Urbano, Regional, Integrado e Sustentável – Pluris, ocorrido em Portugal em 2014. "Colocamos no centro da abordagem que o aproveitamento de um determinado território de forma sustentável permite seu crescimento econômico”, relata Grisotto, que também coordenou a elaboração do Atlas Brasil do Abastecimento Urbano de Água para a ANA – Agência Nacional de Águas.

No trabalho elaborado para o Congresso, foi avaliado o desempenho hidroeconômico em 30 países, com base na comparação entre a densidade do PIB e a oferta hídrica, permitindo a análise da situação da disponibilidade de água, geração de riquezas, áreas e populações dessas nações. A pesquisa conclui, de um lado, que as históricas restrições dos recursos disponíveis estimularam a adoção de mecanismos mais criativos e sofisticados para o enfrentamento dessas limitações, resultando em maior eficiência no aproveitamento das águas e aumento do PIB. Por outro lado, países com maior extensão territorial (incluindo os BRICs e, portanto, o Brasil) sugerem condições favoráveis para o aproveitamento econômico de recursos naturais e hídricos, dadas as áreas disponíveis e o potencial existente.

O engenheiro alerta, porém, que o desenvolvimento hidroeconômico não pode prescindir de premissas socioambientais e conceitos de sustentabilidade, cujas conquistas são indissociáveis da noção de crescimento.

Os estudos também indicam caminhos para reforçar e orientar o planejamento e a gestão em bacias hidrográficas, contribuindo com o processo de tomada de decisões nos níveis tático e estratégico. "Esse estudo é um prato cheio para entidades e organismos voltados ao planejamento", disse.

Objetivo

Os promotores do 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental chamam a atenção para o propósito do evento: apresentar o tema para a sociedade e para a imprensa de forma a que se apropriem do conhecimento e se tornem agentes promotores do saneamento ambiental. O encontro também servirá de preparação para o 8º Fórum Mundial da Água, a ser realizado em Brasília em 2018. Ao lado do Congresso no Rio de Janeiro, será realizada a Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental – Fitabes, reunindo as principais empresas do setor para expor as novidades em tecnologias, produtos, serviços e equipamentos. 

 
 
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