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Gerente da Cobrape BH aposta no planejamento como solução para dilemas das grandes cidades
  
Assessoria de Comunicação
29/06/2015

Rafael Decina Arantes

  • Rafael Decina Arantes

O ponto de vista do arquiteto e urbanista Rafael Arantes  em artigo do jornal  do Sinaenco/MG

 

Na primeira edição do jornal do Sindicato das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva de Minas Gerais – Sinaenco/MG, foram abordadas, em matéria de destaque, questões ligadas à engenharia urbana com análise do diretor setorial Rafael Decina Arantes.  Arquiteto e urbanista, com especialização em desenvolvimento sustentável, Arantes, gerente da filial Belo Horizonte da Cobrape, coordena equipes multidisciplinares nos contratos junto a diversas prefeituras em projetos de infraestrutura urbana, estruturação viária, gestão de águas urbanas, macrodrenagem urbana, supervisão de obras, projeto de edificações, paisagismo de áreas remanescentes, contenção de encostas e tratamento de áreas de risco, revitalização de fundos de vale, planos de desapropriação e reassentamento (PDR) e de trabalho técnico-social (PTTS). A seguir, íntegra da reportagem.

Projetos em prol da melhoria de vida nas cidades

Em tempos de crise, apostar no planejamento das cidades pode ser a chave do crescimento no futuro

A qualidade de vida está diretamente ligada aos ambientes das cidades e seus espaços públicos, que devem tornar a vida do cidadão mais acessível, dinâmica e saudável. Em tempos de crise, o planejamento de projetos pode ser a solução para amenizar diversos problemas que assolam as grandes cidades, como a mobilidade urbana, as enchentes e as áreas de elevado risco social, o que mostra a importância do setor de Arquitetura e Engenharia Consultiva quando se trata do assunto.

 De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), por exemplo, Belo Horizonte possui, hoje, uma frota de 1.643.873 veículos, com uma média de emplacamentos de 552 veículos por dia, sendo 391 automóveis. Este número chama a atenção para uma importante questão: o excesso de carros nas ruas frente à incapacidade do sistema viário implantado, resultando no aumento do tempo dos deslocamentos e na diminuição da qualidade do ar, entre outras patologias que afetam as regiões metropolitanas.

O diretor setorial de Engenharia Urbana, Rafael Decina Arantes, ressalta que a baixa qualidade do transporte público pode ser um dos motivos do uso indiscriminado dos veículos particulares. "Além da melhoria no transporte público de massa, acredito que a descentralização dos serviços também seria uma solução para a diminuição do uso dos automóveis. Se houver um planejamento urbano, as pessoas não precisarão percorrer longas distâncias para acessar determinados serviços, e eventualmente poderiam fazê-lo através dos meios coletivos", explica.

Outra questão, de igual importância para as cidades, tem a ver com a drenagem urbana. Basta chegar o período de chuvas para crescerem as notícias sobre alagamentos e deslizamentos de terra em áreas de risco. Na opinião do arquiteto  e urbanista, mesmo vivendo um período de estiagem, devem-se priorizar os investimentos em infraestrutura visando a melhoria na per-meabilidade do solo, contenção de cheias, ampliação/manutenção da rede de escoamento, sistema de alerta etc, de forma que ocorram ações efetivas ao longo de todo o ano e não apenas paliativas no período chuvoso.

"Algumas ações são de curto prazo, como a implantação do sistema de alertas e a manutenção da rede existente, mas a implantação de infraestrutura de maior impacto, como bacias de detenção e a promulgação de leis que impeçam a impermeabilização do solo trazem resultados em médio e longo prazos e dependem de um bom planejamento integrado", afirma Arantes. Para alcançar este objetivo, seria interessante priorizar, por exemplo, o cultivo de jardins, a construção de estacionamentos de área permeável, até a implementação, em ruas de baixo tráfego, de um calçamento diferente do asfalto", explica.

Boas práticas dentro e fora do Brasil

No final dos anos 1980, era de Medellín, na Colômbia, que se contro-ava 80% do tráfico de cocaína em toda a América, desencadeando um processo de violência, bem como uma descaracterização de seu espaço público. Foi então que, no final dos anos 1990, surgiu um movimento articulado por acadêmicos, empresários e lideranças comunitárias a fim de construir um projeto de cidade.

A partir de então a cidade passou a representar a vanguarda do pensamento e da prática urbanística. As mudanças vão desde o uso de teleféricos como solução de transporte à proibição de muros cegos e artefatos de segurança ofensivos como cacos de vidro e arame farpado nas construções. Tudo isso só foi possível devido ao planejamento prévio, como explicita, por exemplo, a Lei 80 de 1994, que dita que todo projeto público na Colômbia deve ser objeto de um concurso de arquitetura, garantindo assim a qualidade das propostas. O resultado foi que os homicídios caíram mais de 24%, nos últimos onze anos, e houve uma redução em 63% dos índices de pobreza extrema no município no mesmo período. Seu exemplo foi seguido por alguns países, entre eles o Brasil, quando da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), no Rio de Janeiro, a partir de 2008.

O diretor setorial destaca boas práticas que acontecem na capital mineira: "Em Belo Horizonte, ações de urbanização em vilas e favelas, além da remoção e reassentamento de famílias afetadas pela reurbanização de áreas de risco de inundação e deslizamento fazem parte do calendário da PBH, através da parceria com o Setor de Arquitetura e Engenharia Consultiva. Há mais de 20 anos, essas açoes são promovidas através do Orçamento Participativo (OP Vilas) e do Programa Estrutural em Área de Risco (PEAR), e, desde 2005, através dos programas Vila Viva.

 
 
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