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COBRAPE - Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos
 
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Combate à perda de água, o problema da década
  
Assessoria de Comunicação
23/08/2011

Novas técnicas - conexões soldadas por eletrofusão garantem índice zero de vazamento

Trabalho social é fundamental para combater perdas de água em favelas e assentamentos irregulares

Cesan pautou tema das perdas de água em seu encontro técnico

  • Novas técnicas - conexões soldadas por eletrofusão garantem índice zero de vazamento
  • Trabalho social é fundamental para combater perdas de água em favelas e assentamentos irregulares
  • Cesan pautou tema das perdas de água em seu encontro técnico

Há uma constatação no mundo do saneamento: todos perdem com a perda de água - empresas, meio ambiente e consumidores.

No Brasil, segundo o último levantamento do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, quase 40% da água produzida é desperdiçada em vazamentos, sistemas deficientes, fraudes em hidrômetros e "gatos", como são conhecidas as ligações clandestinas.

A situação não é diferente em outros países, o que levou Paul Reiter, presidente da IWA - International Water Association, a preconizar: "A perda de água é o problema da década".

Atenta ao cenário, a Cesan - Companhia Espírito Santense de Saneamento colocou o tema em evidência no seu 5o. Encontro de Inovação ao apresentar o caso de sucesso obtido pela Sabesp no Programa de Redução de Perdas implantado pela Cobrape na cidade de Itapevi, Região Metropolitana de São Paulo.

Durante a palestra do engenheiro Alceu Guérios Bittencourt (29/7), os participantes da jornada de inovação da Cesan conheceram as técnicas e o modelo de contratação que permitiu ao município reduzir suas perdas em mais de 60%. Alceu é diretor da Cobrape e vice-presidente da ABES-SP - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - Seção São Paulo.

Remuneração por resultados

Em grande medida, o sucesso do Programa pode ser creditado ao modelo de contratação adotado pela Sabesp – a proposta era remunerar os serviços com base em metas e performance.

Meta atingida, serviço pago; meta não atingida, retenção de 30% do serviço executado; e quanto maior a redução das perdas para a contratante, maior a remuneração para a contratada. "O contratado se torna praticamente um sócio do contratante. O formato estimula a busca de resultados", avalia Alceu.

O modelo mostrou-se eficiente. Em 15 meses, as perdas de água foram reduzidas em 63,7%, fazendo o volume de água não medida por ligação passar de 777 para 293 litros por dia. Na média móvel de 12 meses, que foi o parâmetro de avaliação dos resultados, a redução alcançou 51%.

Para atingir esse resultado, o Programa articulou um conjunto de intervenções em todo o setor de abastecimento.

Perdas reais foram combatidas com pesquisa acústica de vazamentos em mais de 1.300 quilômetros de rede; foram reparados 2.248 pontos. As válvulas de controle de pressão (VRPs) existentes foram otimizadas; 11 novas foram instaladas. Também qualificaram a rede novos macromedidores de vazão eletromagnéticos e técnicas de regularização de abastecimento como cavaletes especiais e conexões soldadas por eletrofusão, que garantem índice zero de vazamento.

Mas foi no combate às perdas aparentes que o Programa mais inovou. Além de uma completa revisão do cadastro comercial e do sistema de micromedição, foi desenvolvido um extensivo programa de regularização do abastecimento em 100 favelas do município.

O planejamento e a ação nessas áreas exigiu a combinação de técnicas de engenharia e de trabalho social para alcançar os resultados que tornaram Itapevi um caso de sucesso.

Nas favelas foram recuperados 67 litros de água por segundo

Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, uma pessoa precisa de 110 litros de água por dia para suprir suas necessidades de consumo e higiene. A informação nos ajuda a dimensionar a importância do resultado atingido nas favelas de Itapevi.

Com a base cadastral atualizada, os "gatos" eliminados, hidrômetros trocados e novas redes implantadas, foram recuperados 67 litros de água por segundo.  Em um segundo e meio, praticamente toda a água que uma pessoa utiliza durante um dia inteiro.

"São resultados ainda mais significativos quando confrontados com a redução pela metade do consumo mensal familiar. O ambiente de legalidade e regularidade, sem perdas, cria as condições para o uso consciente da água", avalia Alceu.

A regularização do abastecimento em favelas e assentamentos irregulares de Itapevi foi bem sucedida porque não foi uma solução apenas de engenharia. "Houve um forte componente social no Programa. Os moradores participaram da transformação da área e foram acompanhados por técnicos sociais durante as obras. Quem antes fazia gato agora sabe ler um hidrômetro e controlar seu consumo; é um grande avanço ", comenta Alceu Bittencourt.

É importante manter as conquistas - Preocupado com a continuidade desse estado de avanço, o engenheiro faz um alerta. "Como toda conquista, também neste caso é preciso trabalhar para perenizar as intervenções".

De acordo com Alceu, as empresas que operam serviços de saneamento em favelas precisam desenvolver formas específicas de atendimento a essas áreas, que garantam a prestação de um serviço adequado, de boa qualidade, e que estabeleçam relações permanentes com essa clientela, permitindo condições de controle de desperdícios e de perdas.

Atendimento diferenciado, tarifas especiais, fiscalização de fraudes e avaliação contínua do consumo estão entre as medidas apontadas pelo especialista como indispensáveis para a perenização da relação da empresa com os consumidores.

 

Resultados do Programa de Redução de Perdas nas favelas e assentamentos irregulares de Itapevi

- Aumento do número de ligações cadastradas de 1.377 para 4.774.
- Aumento do volume micromedido de 20.215 m3/mês para 59.837 m3/mês.
- Diminuição do consumo por domicílo de 19,54 m3/mês  para 9,96 m3/mês.
- Atualização cadastral de 36.700 ligações.
- Substituição de 16.690 hidrômetros.
- Identificação 8.872 fraudes.
- Implantação de 15 mil metros de novas redes.

 

Controle de perdas na Cesan - A discussão do caso de Itapevi durante o encontro técnico da Cesan reflete a atenção que a empresa dedica ao “problema da década”.

A Cesan colocou a redução das perdas de água entre os seus objetivos estratégicos prioritários e desenvolveu um Plano Diretor de Redução de Perdas para o período de 2009 a 2013, com investimentos de R$ 220 milhões. O andamento do Plano é acompanhado por um comitê permanente de controle de redução de perdas que se reúne duas vezes por mês.

"Nosso maior desafio está na Região Metropolitana e preparamos a Cesan para enfrentá-lo. Toda a empresa está voltada para a redução de perdas, desde a operação até o relacionamento com os clientes", revela Maria da Glória Aubin Nascimento, Gerente de Engenharia de Serviços da Região Metropolitana da Cesan.

 

Saiba mais sobre o Programa de Redução de Perdas Globais e Avaliação da sua Eficiência e Viabilidade Econômica no Município de Itapevi


Sandra Di Croce Patricio, da Assessoria de Comunicação

 
 
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