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COBRAPE - Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos
 
Reportagem Especial
Gerenciamento das obras do Sistema Mambu-Branco garante água para o Litoral Sul de São Paulo
  
Assessoria de Comunicação
05/02/2010

Cidade Ocian, na Praia Grande, ponto de concentração de turistas na temporada de verão do Litoral Sul de São Paulo.

  • Cidade Ocian, na Praia Grande, ponto de concentração de turistas na temporada de verão do Litoral Sul de São Paulo.

De Peruíbe a São Vicente, faixa sul da Região Metropolitana da Baixada Santista, em São Paulo, a complexidade do abastecimento de água é conhecida de outros carnavais.

O fluxo turístico aumenta no verão e os mananciais mais próximos, que estão com suas capacidades exauridas, não conseguem atender a demanda nem de moradores, nem de visitantes. Os cinco municípios - Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e São Vicente - contam com pouco mais de 770 mil habitantes. Durante os feriados de Ano Novo e Carnaval, picos da alta estação, o número de pessoas passa de dois milhões, segundo estimativas da Sabesp e das prefeituras. 

O curioso é que a Baixada Santista registra os índices pluviométricos mais elevados do Estado de São Paulo, especialmente no verão. Mas, ao contrário do que se pensa, chuva no céu não é garantia de água na torneira. "As chuvas acabam prejudicando o sistema de tratamento da água destinada ao consumo. Assim, a qualidade da água, e não apenas a falta de água, também é uma questão a ser enfrentada na região", esclarece o engenheiro civil Moacyr Leoni Veronese, da Cobrape.

Uma solução definitiva

Desde 2008 estão em curso ações integradas do governo do Estado de São Paulo para ampliar o abastecimento e aprimorar o sistema de tratamento de água na região.

Os resultados já começaram a aparecer, segundo o prefeito de Praia Grande, Roberto Francisco dos Santos. "O problema da falta de água em nosso município já foi crônico. A situação tem melhorado com os investimentos do Governo do Estado, através da Sabesp", relata o prefeito.

Mas a solução definitiva para o problema de abastecimento no Litoral Sul virá com término da primeira fase do Programa de Abastecimento de Água da Região Metropolitana da Baixada Santista, iniciativa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp. 

Orçado em R$ 315 milhões, o Programa é gerenciado pelo consórcio Cobrape/Gerentec II - Consórcio Mambu e irá adicionar mil litros de água por segundo ao abastecimento da região, com captação feita no rio Branco. Atualmente, as cinco cidades são abastecidas com as águas do rio Mambu, num total de 600 litros de água por segundo. "A ideia é criar o Sistema Produtor de Água Mambu/Branco", explica o engenheiro Veronese, coordenador do contrato. "Um conjunto de obras está em curso para atender esse objetivo", diz.

Divididas em quatro lotes, as obras estão em estágio adiantado e compreendem uma unidade de captação de água bruta com barragem; uma estação de tratamento de água de grande porte; duas estações elevatórias e um centro de reservação de água tratada e também uma extensão de mais de 50 quilômetros de adutoras de água bruta e tratada. O novo sistema de adutoras é de grande diâmetro e será integrado às adutoras já existentes, para atingir todos os centros de reservação de água da região sul.

Para o prefeito de Praia Grande, cidade que apresenta um dos maiores índices de crescimento demográfico do Estado, as obras vão oferecer melhor qualidade de vida para moradores e visitantes. "A troca de tubulações por diâmetro maior e com maior vazão, aliada à construção de reservatórios é algo que a população tem que saber para dar valor", defende o prefeito.

Coordenar todos esses empreendimentos é a tarefa do Consórcio Mambu, que mobilizou uma equipe multidisciplinar de cerca de 40 profissionais para gerenciar o Programa de Abastecimento de Água da Região Metropolitana da Baixada Santista. As atividades de gerenciamento abrangem desde o planejamento inicial do Programa até o relatório que marca o encerramento de todas as suas intervenções.

Suporte integral

O trabalho de gerenciamento começou em 2008 com o planejamento e a programação físico-financeira das obras.

De acordo com Veronese, um dos primeiros desafios foi minimizar as dificuldades anunciadas pelo tipo de solo existente nos locais destinados às obras. "Quem trabalha na Baixada já sabe - o solo é aluvionário, com uma camada muito profunda, de cerca de 30 a 40 metros", comenta o engenheiro. Em áreas de aluvião, as construções devem ser cercadas de cuidados na fundação e no estaqueamento. "Tivemos que fazer um trabalho especial de consolidação do solo antes de dar início às obras", lembra Veronese.

Por outro lado, as questões ambientais foram resolvidas com tranquilidade. Para as obras localizadas em áreas sensíveis, a gerenciadora forneceu o apoio técnico para a obtenção dos licenciamentos ambientais prévios, de instalação e de operação. 

As atividades de gerenciamento também se voltam para qualidade da água bruta que será gerada pelo sistema Mambu-Branco. Segundo a Sabesp, a qualidade das águas dos mananciais superficiais que abastecem a região tem diminuído ao longo dos anos, em consequência do processo de urbanização que tomou conta de muitas cabeceiras de bacias hidrográficas situadas nas encostas da Serra do Mar. 

O engenheiro Veronese explica que o sistema de tratamento de água proposto pelo Programa é completo. "Para atingir o padrão de potabilidade exigido pela legislação, a Estação de Tratamento de Água Mambu-Branco contará com um sistema de flotação", relata. A lei estabelece os  padrões microbiológicos, físicos, químicos e radioativos que a água destinada ao consumo humano deve atingir para não oferecer riscos à saúde.

Gerenciamento no dia a dia

Sistemas de suporte à gestão do Programa foram elaborados para facilitar o fluxo e o controle das documentações, ações e informações dos empreendimentos. "Cada obra tem seu universo próprio, com processo licitatório, cronograma físico-financeiro, medições, serviços especiais de consultoria. A gerenciadora deve oferecer suporte técnico, controlar e fiscalizar todos esses processos e, principalmente, manter a Sabesp informada sobre tudo", explica o coordenador do contrato.

O dia a dia da equipe de gerenciamento, pautado pelas exigências das obras, corre em ritmo acelerado neste início de ano. Estima-se que até o Carnaval de 2011 grande parte das obras estará concluída. No último relatório gerencial - documento produzido mensalmente - são apontados avanços significativos dos empreendimentos em direção aos marcos contratuais de encerramento. Apenas as obras do lote quatro ainda não foram iniciadas - uma adutora de água tratada entre Melvi e Boqueirão e o reservatório do Boqueirão-Forte.

Conheça as obras do Programa de Abastecimento de Água da Região Metropolitana da Baixada Santista

Lote 1

Captação de Água Bruta no Rio Branco
Recalque de Água Bruta junto a Captação
Estação de Tratamento de Água - ETA Mambu/ Branco 
Estação Elevatória de Água Tratada junto a ETA Mambu/ Branco
Centro de Reservação de Água Tratada Melvi, capacidade de reservação 20 mil m
3.

Lote 2 

Adutora de água tratada composta dos seguintes trechos: 

Trecho 1 - entre a ETA e a Interligação Suarão: tubulação com 11.040 m de extensão e 1.500 mm de diâmetro;
Trecho 4 - entre Melvi e Humaitá: tubulação com 12.195 m de extensão e 400 mm de diâmetro.

Lote 3

Adutora de água tratada composta dos seguintes trechos: 

Trecho 2 - entre a interligação Suarão e Solemar: tubulação com 18.195 m de extensão e 1.200 mm de diâmetro;
Trecho 3 - entre Solemar e Melvi: tubulação com 9.330 m de extensão e 900 mm de diâmetro. 

Lote 4

Adutora de água tratada Trecho 5 - entre Melvi e Boqueirão-Forte: tubulação com 15.100 m de extensão e Reservatório do Boqueirão-Forte - capacidade 10 mil m3.


Sandra Di Croce Patricio, da Assessoria de Comunicação

 

 
 
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