A equipe social da Cobrape realizou, em outubro, o terceiro workshop voltado para o trabalho de urbanização das favelas de São Paulo. O tema foi “Alinhar Experiências em Pós-Urbanização”, que reflete o estágio atual dos programas da prefeitura — a entrega das melhorias físicas para os moradores.
Na fase de pós-urbanização as comunidades se veem diante de uma nova infraestrutura — a favela se transforma em bairro, ruas são asfaltadas, moradias são retiradas de áreas de risco, córregos são canalizados. Essa mudança física exige, também, uma mudança de comportamento.
“Nossa tarefa é apoiar os moradores na construção de uma nova relação com o ambiente transformado; e sustentabilidade é a palavra-chave dessa nova relação”. explica Rosana Piccirilli, coordenadora do eixo Mobilização e Organização Comunitária (MOC) da equipe social da Cobrape.
Durante o workshop, os profissionais abordaram o princípio da sustentabilidade em três dimensões — social, ambiental e econômica — e aprofundaram os conceitos, técnicas e metodologias aplicados na fase de pós-urbanização.
Também foram revistos todos os macro-processos do trabalho social previsto pela secretaria de Habitação da prefeitura de São Paulo. A equipe da Cobrape está há um ano e meio acompanhando as ações de urbanização de favelas da prefeitura.
Na prática
Nas áreas beneficiadas pelo processo de urbanização, como Paraisópolis, Heliópolis e São Francisco, por exemplo, o trabalho de pós-urbanização junto aos moradores envolve oficinas, reuniões com grupos específicos, plenárias e assembléias.
Nessas atividades, moradores e profissionais da área social discutem, a partir das obras concluídas e das melhorias físicas implantadas, a nova realidade econômica, social e ambiental da comunidade transformada em bairro. “O objetivo é fazer com que a infraestrutura seja um impulso ao desenvolvimento das famílias e da região”, diz Rosana.
Ao final do workshop, a coordenadora técnica do trabalho social da Cobrape, Sandra Marques, fez um balanço dos três workshops realizados. Os eventos anteriores trataram de Educação Socioambiental e Mobilização e Organização Comunitária e foram orientados pelas diretrizes do Ministério das Cidades para projetos com financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Sandra Di Croce Patricio, da Assessoria de Comunicação