Metodologia utilizada para o planejamento em ambientes complexos despertou interesse da equipe visitante, liderada pelo professor John Motloch
A Cobrape Rio, com apoio do escritório de Curitiba, realizou um workshop internacional, no último dia 8 de junho, reunindo estudantes da Ball State University (Indiana, Estados Unidos) para discutir metodologias de planejamento territorial em ambientes complexos do Estado do Rio de Janeiro, no âmbito do Zoneamento Ecológico e Econômico – ZEE – e do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Baía de Sepetiba, projetos que a empresa desenvolve para a SEA – Secretaria de Estado do Ambiente.
"Houve bastante interesse pela metodologia utilizada, principalmente no desenvolvimento dos Cenários Prospectivos, que, por sua vez, definem as diretrizes de gestão territorial adequadas para cada realidade do território fluminense. O trabalho da Cobrape foi elogiado pelo professor John Motloch, líder do grupo", disse o arquiteto Carlos Verdini Clare, um dos organizadores do evento.
Segundo Clare, a iniciativa do workshop foi da Cobrape, a partir de contato estabelecido entre Motloch e o engenheiro Carlos Eduardo Curi Gallego, coordenador da Cobrape no Rio de Janeiro, durante evento realizado nos Estados Unidos em 2010, quando a Cobrape apresentou suas metodologias para diversos planejadores norte-americanos. Também colaborou para a aproximação o consultor Rodolpho Ramina, quando promoveu a participação da Cobrape no evento de 2010. A SEA apoiou a iniciativa, oferecendo espaço na própria Secretaria e envolvendo técnicos do órgão para apresentar um panorama do Estado, dentre eles João Batista Dias, da Superintendência de Planejamento e Gestão Ecossistêmica.
Participaram do workshop nove estudantes matriculados na universidade norte-americana, sendo que cinco deles são de nacionalidade chinesa. "A troca de conhecimentos e a dinâmica cultural é sempre muito rica, em todos os aspectos", comentou Clare. Este foi o primeiro workshop internacional da Cobrape Rio. Outros encontros do gênero, entretanto, já foram realizados com representantes da sociedade civil, iniciativa privada, corpo docente de universidades federais (UFRJ e UFRRJ) e das Forças Armadas para discussão, de forma integrada, dos rumos do desenvolvimento regional.
"Ao todo, foram três workshops (Itaguaí, Rio de Janeiro e Paracambi) em etapas diferentes do projeto". Ainda serão promovidos outros workshops relacionados ao ZEE/RJ com a participação dos stakeholders do Estado envolvidos no processo de zoneamento.
Metodologia
Para Clare, o workshop serviu para "validar mais uma vez a metodologia aplicada nos nossos projetos e discussão de novos métodos." Os debates contribuíram também, de acordo com o arquiteto, para questionar como ocorrem os processos participativos nos projetos similares norte-americanos e de outros países. "Motloch comentou sobre sua experiência na África do Sul, ressaltando a importância de definir objetivos precisos e diretrizes antes de iniciar o planejamento estratégico de uma região."
Na programação do evento foi feita a apresentação do Arcabouço Institucional de Gestão Ambiental do Rio de Janeiro, da caracterização ambiental do Estado, do estágio atual do Zoneamento Ecológico Econômico e do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Baía de Sepetiba, com suas metodologia e resultados.
Dentro do ZEE/RJ, a Cobrape já realizou a "Análise do Diagnóstico do Estado" e o levantamento das "Tendências de Uso e Ocupação do Território", que servirão de base para elaboração da Proposta Preliminar de Legenda Funcional. Mais da metade do estudo já foi concluída. O ZEE/RJ, realizado pelo consórcio Cobrape/Oikos, é considerado estratégico pelo governo fluminense.
