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Cobrape gerencia implantação do maior parque linear do mundo
  
Assessoria de Comunicação
05/05/2013

O núcleo de lazer Jardim Helena será implantado em São Paulo na primeira fase do PVT (fonte: DAEE / proposta geral do núcleo)

Parque linear em Seul, capital da Coreia do Sul, com 5,8 quilômetros.

Assinatura do contrato de gerenciamento do PVT, em julho de 2012.

  • O núcleo de lazer Jardim Helena será implantado em São Paulo na primeira fase do PVT (fonte: DAEE / proposta geral do núcleo)
  • Parque linear em Seul, capital da Coreia do Sul, com 5,8 quilômetros.
  • Assinatura do contrato de gerenciamento do PVT, em julho de 2012.

As várzeas do rio Tietê sempre foram protagonistas da história da Região Metropolitana de São Paulo. Possibilitaram a interiorização do País e a integração de territórios; serviram ao transporte e à extração de areia, à pesca e às lavadeiras; adaptaram-se à canoagem, ao remo, à natação e até cunharam o termo “futebol de várzea”. 

Mas esse protagonismo, atualmente, é marcado por condições bem diversas. As várzeas do rio são fontes das mais sérias preocupações do Estado e da sociedade – ocupações irregulares, esgoto in natura, impermeabilização elevada, degradação ambiental e perda de uma de suas principais características, a capacidade de reter águas e auxiliar na prevenção de enchentes. 

“Não é de hoje que as várzeas do Tietê vêm perdendo espaço. Nos anos 40, quando foi feita a retificação do curso do rio, as várzeas foram reduzidas pela metade e o seu tempo de retenção de água passou de 48 para 12 horas”, lembra o engenheiro Heitor Collet de Araújo Lima, um dos coordenadores da Cobrape que atua no gerenciamento do Programa Parque Várzeas do Tietê (PVT), conduzido pelo consórcio Enger/Hidroconsult/Cobrape. 

O Programa deve restabelecer, em 11 anos, a função primordial das várzeas de contribuir para a redução das cheias do rio. Também irá resgatar a relação entre a população e o Tietê por meio da promoção de usos diversificados e sustentáveis de suas margens. “A ideia é devolver à várzea o que é da várzea e devolver à população o convívio com o rio”, resume Collet.

O PVT é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo sob coordenação da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e com execução do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) em parceria com as prefeituras de São Paulo, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis.

Ao todo, serão investidos R$ 1,7 bilhão em ações de recuperação do ambiente natural e de implantação de estruturas de lazer ao longo de toda a linha contínua de várzea localizada entre o Parque Ecológico do Tietê, na Penha, Zona Leste da Capital paulista, e o Parque Nascentes do Tietê, na cidade de Salesópolis. Ao estabelecer essa ligação entre os dois parques por meio da constituição de um novo espaço urbano às margens do rio, o programa adota o conceito de parque linear.

Segundo definição do Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, parques lineares são “intervenções urbanísticas que visam recuperar para os cidadãos a consciência do sítio natural em que vivem, ampliando progressivamente as áreas verdes”. Mas um olhar para a própria história dos parques nos ajuda a compreender melhor a evolução representada pelo Programa Parque Várzeas do Tietê.

As origens dos parques lineares 

Se o final do século XVIII foi marcado por movimentos de implantação de parques urbanos em vários países, o século XIX começou a presenciar propostas de maior agregação do uso humano às áreas verdes; nesse período situa-se o nascimento dos parques lineares.

Na Alemanha, entre 1840 e 1850, uma plano criado por Peter Joseph Lenné para a cidade de Berlim equacionava várias questões envolvendo o rio Spree – a valorização estética de suas margens, sua navegabilidade e o controle de enchentes. Ainda no século XIX, nos Estados Unidos, o criador do Central Park, Frederick Law Olmsted, inventava os parkways, ligações entre parques e espaços urbanos abertos, muitas vezes integrando vales de rios aos projetos.

Com a assinatura de Olmsted, foi constituído o Emerald Necklace, uma cadeia de parques lineares entre Boston e a vizinha Brookline. Também neste caso, a contenção de cheias estava entre os objetivos do projeto, além da redução da poluição dos cursos d’água. O “colar de esmeraldas” tem 7, 2 quilômetros.

Mais recentemente, um parque linear de 5,8 quilômetros de extensão transformou a paisagem de Seul, a capital da Coreia do Sul. Ao longo do rio Cheonggyecheon, em pleno centro da cidade, as várzeas são passeios públicos e os espaços que antes eram tomados por engarrafamentos hoje são destinados aos pedestres.    

No Brasil, o conceito de parque linear foi adotado em vários Estados. Em Goiás, o Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns prevê a implantação de um parque linear de 24 quilômetros ao longo do Córrego Macambira e do Ribeirão Anicuns, na capital Goiânia. A Cobrape participou do desenvolvimento do Programa entre 2005 e 2006. 

Exemplo de parque linear conhecido pelos paulistas é o Parque Ecológico do Tietê. Estudioso do tema, o especialista em gestão ambiental da Cobrape, engenheiro Luis Eduardo Gregolin Grisotto, lembra que um trabalho realizado na década de 1970 já indicava a solução de parque linear para as margens do rio.

“Esse estudo deu origem ao Parque Ecológico do Tietê, que hoje exerce um importante papel de amortecimento das ondas de cheias nos períodos de chuvas fortes; além disso, o Parque aproximou as pessoas do rio e recebe cerca de 50 mil visitantes por final de semana. É um caso de sucesso e é precisamente onde começa o Parque Várzeas do Tietê”, afirma o engenheiro. 

O maior do mundo 

O Parque Várzeas do Tietê, quando concluído, terá 75 quilômetros de extensão; 107 quilômetros quadrados de área; 33 núcleos de lazer, esportes e cultura;
77 campos de futebol;
 129 quadras poliesportivas;
7 polos de turismo;
 230 quilômetros de ciclovias; área equivalente a 360 campos de futebol de mata ciliar recomposta; 230 quilômetros de Via Parque para acesso a todos os seus núcleos;
 passeios arborizados; 
margens reordenadas e
meio ambiente recuperado. O PVT será responsável por ampliar a capacidade de retenção hidráulica da Bacia do Alto Tietê. 

A dimensão do programa, sua abrangência e multidisciplinaridade já conferem ao Parque Várzeas do Tietê o título de maior parque linear do mundo. Diante do desafio, o Governo de São Paulo dividiu a implementação do programa em três etapas – a primeira deverá, em cinco anos, responder por 25 quilômetros do PVT entre São Paulo e Guarulhos; na segunda, serão implantados em três anos 11,3 quilômetros do Parque em Itaquaquecetuba, Poá e Suzano;  e a terceira etapa, de três anos, compreenderá um trecho de 38,7 quilômetros nas cabeceiras do rio Tietê, em Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis.

A primeira etapa do PVT e seus benefícios

O consórcio integrado pela Cobrape é responsável pelo suporte técnico e gerenciamento geral da primeira etapa do PVT, iniciada em 2011 e com previsão de término em 2016. Nesta fase, serão investidos US$ 199,78 milhões em obras, ações de reassentamento, de sustentabilidade ambiental e social e no próprio gerenciamento do programa. Mais da metade do investimento, 57,9%,  é proveniente de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

Ao término desta fase, as condições urbanas e de qualidade de vida de 1,3 milhão de habitantes de São Paulo e Guarulhos deverão ser sensivelmente melhoradas. Alguns números mostram como – 110 hectares de áreas degradadas de várzea recuperados; 125 hectares de recomposição da mata ciliar e paisagismo; intervenções hidráulicas em 2 quilômetros de curso de água; 120 mil mudas plantadas; 48 quilômetros de ciclovias; 96 mil metros quadrados de áreas de passeio arborizados; 80 mil pessoas diretamente beneficiadas com três Núcleos de Lazer e 7.200 famílias deixarão de morar em áreas de risco ou de preservação ambiental, sendo realocadas para novas unidades habitacionais. O gerenciamento é responsável pelo alcance de todas essas metas. 

“O gerenciamento inclui o desenvolvimento de estudos e projetos e a preparação de todas as contratações necessárias ao PVT mas, principalmente, garante a gestão eficiente do programa e o cumprimento das cláusulas do BID”, explica Alceu Guérios Bittencourt, diretor da Cobrape. 

A equipe de gerenciamento do consórcio é multidisciplinar e integra engenheiros, administradores, economistas, arquitetos, advogados e especialistas na área ambiental. Os profissionais atuam lado a lado com os profissionais do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) no escritório da Unidade Gestora do Programa (UGP), implantado na rua Líbero Badaró, no centro de São Paulo.

Experiência - O gerenciamento de programas integrados financiados com recursos internacionais é uma das áreas de especialização da Cobrape. A empresa participou do primeiro grande programa implantado no País a partir deste modelo, o Programa Guarapiranga, do Governo de São Paulo, financiado pelo BIRD - Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento.

“A Cobrape acompanhou a preparação do pedido de empréstimo e, depois, atuou no gerenciamento do programa. O desafio foi imenso – como não havia experiência acumulada nessa área, acabamos por desenvolver metodologias próprias de atendimento às exigências de uma entidade internacional de financiamento”, lembra Bittencourt. 

Atualmente a Cobrape responde pelo gerenciamento de diversos programas com financiamento internacional, como, por exemplo, da implantação do  Trecho Norte do Rodoanel, em São Paulo, e do Programa de Saneamento da Baia da Guanabara - PSAN, ambos financiados pelo BID.

SAIBA MAIS

O que são os Núcleos de Lazer? 

São espaços de lazer, cultura, recreação e educação ambiental projetados pelo arquiteto Ruy Ohtake. Nos Núcleos de Lazer os usuários do Parque encontrarão campos de futebol, quadras poliesportivas, pista de bicicross, campo para vôlei, pista de skate, áreas para recreação, quiosques, núcleo para educação ambiental, equipamentos e centro de atividades para a terceira idade, salão para artes plásticas e outros espaços. Na primeira etapa do PVT serão implantados em São Paulo os Núcleos Itaim Biacica e Jardim Helena e, em Guarulhos, o Núcleo Any Jaci. 

O que são Via Parque e Ciclovia?

Via Parque é uma faixa de rolamento acessível para veículos leves. A Ciclovia acompanha a Via Parque e, ao final do programa, elas terão 230 quilômetros. Sua implantação é estratégica para impedir o processo de invasão e ocupação indevida, além de servir de acesso às obras de implantação das unidades de conservação e dos núcleos esportivos, culturais e de lazer previstos no projeto do Parque Várzeas do Tietê. 

Assessoria de Comunicação


 
 
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