A Baixada Santista alcançou o índice de 89% de cobertura de esgoto coletado em setembro de 2023. O número, que era uma meta desta 2ª etapa do Programa Onda Limpa, da Sabesp, foi transformado em realidade. As ações foram gerenciadas pela Cobrape, que integra o Consórcio Onda Limpa 2, junto com a JNS Engenharia, Consultoria e Gerenciamento e JHE Consultores Associados.   

A previsão é que esse índice chegue a 94% em 2025, fim da 2ª etapa, e a 95% em 2030, colaborando para que o litoral paulista cumpra as metas do Marco Legal do Saneamento Básico, universalizando o fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto. A iniciativa impacta diretamente na melhoria da saúde pública, na balneabilidade de rios e praias e no incremento do turismo na região da Baixada Santista.   

O Consórcio Onda Limpa 2 atuou em três frentes no contrato: gerenciamento e planejamento dos empreendimentos, fiscalização e acompanhamento das obras e assessoria técnica. As atividades englobaram gestão dos contratos, fiscalização em campo, incluindo o trabalho submarino, gestão físico-financeiro, triagem, conferência e aprovação final das ações. Para dar mais eficiência às demandas, o consórcio manteve equipes em todos os municípios. A Cobrape atuou no Onda Limpa desde seu início, em 2007, até setembro de 2023. 

O contrato do Consórcio Onda Limpa 2 com a Sabesp terminou em setembro deste ano. Foram 1.440 dias no gerenciamento e fiscalização de obras inicialmente previstas pelo Programa Onda Limpa. Durante esse período foram realizadas: 

• 19.000 ligações domiciliares de esgoto; 
• 140.000 metros de redes coletoras de esgoto; 
• 7.500 metros de coletores tronco; 
• 15.500 metros de linhas de recalque; 
• 26 estações elevatórias de esgoto; 
• 2 estações de pré-condicionamento; 
• 1.300 metros de emissários submarinos e 
• readequação/reforma de 6.600 metros de emissários submarinos. 

O avanço nos índices de tratamento e esgoto coletado entre 2018 e 2023, nos municípios que compõem a Região Metropolitana da Baixada Santista, é resultado das obras executadas durante o contrato. Bertioga passou de 53% em 2018 para 69% em 2023; Cubatão se manteve com o mesmo índice de 54%; Guarujá foi de 82% para 87%; Itanhaém avançou de 54% para 63%; Mongaguá subiu de 86% para 92%; Peruíbe progrediu de 83% para 88%; Praia Grande evoluiu de 80% para 92%; Santos manteve 92% e São Vicente foi de 81% para 85% no período.  

As obras previstas para a ampliação do sistema de esgotamento sanitário na Baixada Santista nesta segunda etapa continuam em execução, como, ligações domiciliares, redes coletoras, linhas de recalque e estações elevatórias de esgoto em São Vicente, Guarujá e Peruíbe, por exemplo. 

Litoral sustentável 

O Programa Onda Limpa é considerado o maior projeto de saneamento ambiental da costa brasileira. As ações foram planejadas para um horizonte de 20 anos, preparando as cidades para o crescimento contínuo. Assim, as instalações que foram construídas e/ou estão em construção são modulares permitindo ampliações estratégicas quando necessário.   

Primeira etapa (2007- 2018) 

O Onda Limpa teve início em 2007, e a primeira etapa se estendeu até 2018, somando investimentos de R$ 2,240 bilhões. Nesse período, os índices de tratamento de esgoto nos municípios da Baixada Santista subiram de uma média de 62% para 82%. Essa conquista mostra o compromisso do programa em melhorar a qualidade de vida e preservar o meio ambiente. 

Segunda etapa (2018-2025) 

A segunda etapa do programa, que teve início em 2018 e deve durar até 2025, também conta com recursos volumosos, alcançando R$ 1,4 bilhão. O valor financia mais 448 km de redes coletoras e 48 mil ligações adicionais de esgoto, ampliação e adequação das Estações de Pré-Condicionamento (EPCs) 1 e 2 (subsistemas Canto do Forte e Vila Tupi), em Praia Grande, reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) atual, e a construção de 3 novas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), juntamente com melhorias e ampliações em 11 ETEs existentes.    

Ao término do programa, São Paulo será o único estado do País com 100% do esgoto tratado no litoral. Isso melhora a qualidade de vida das comunidades locais e impacta positivamente no ecossistema marinho, garantindo que as praias e mares permaneçam limpos e saudáveis para as gerações futuras.