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Conferência Urban Age
  
Gazeta Mercantil
26/08/2009

Conferência Urban Age: A questão da água nas megametrópoles

Vivemos a era das megametrópoles. Neste início de dezembro, São Paulo, quinta cidade mais populosa do mundo, sedia a Conferência Urban Age, em sua oitava edição. Agora voltada para as cinco capitais da América do Sul: São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Bogotá e Lima.

Promovida pela London School of Economics and Political Science e pela Alfred Herrhausen Society, a conferência é organizada pelo governo do Estado de São Paulo, prefeitura, Universidade de São Paulo (USP) e Centro de Estudo de Política e Economia do Setor Público da Fundação Getulio Vargas (FGV). Especialistas e governantes de todo o mundo vão analisar os múltiplos problemas daquelas metrópoles sul-americanas e apontar soluções. Como ocorrido nas edições anteriores em Nova York, Xangai, Londres, Cidade do México, Johannesburgo, Berlim e Mumbai.

Ao mesmo tempo, a cidade terá outro evento importante promovido pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Saneamento e Energia e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). Um seminário que vai debater o controle de enchentes quando o Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, onde se localiza a cidade, completa dez anos. Um dos grandes temas e preocupações da Urban Age é a questão do cuidado com a água nas megametrópoles.

Fundada pelos jesuítas em 1554, a Vila de São Paulo de Piratininga nasceu às margens de dois rios, o vértice do Tamanduateí com o Anhangabaú. Cresceu e chegou a outro vértice, do Tietê com o Pinheiros, que marcou a história da cidade e do estado. Pólo gerador de trabalho e desenvolvimento, a cidade sempre teve vocação cosmopolita e multicultural.

No século XIX, com o ciclo do café, atraiu imigrantes de vários países. Já no século seguinte, com a queda do preço internacional do café, a capital paulista investiu no desenvolvimento industrial, o que novamente fez de São Paulo um ponto de atração de mão-de-obra. No final do século XX, a pujança da indústria tornou a cidade um grande centro de serviços e negócios.

A rápida e desordenada expansão da cidade impermeabilizou o solo e sacrificou seus rios e córregos, que acabaram canalizados ou transformados em esgotos a céu aberto. Outro problema vivido na metrópole fruto do descuido com os rios ao longo de décadas são as enchentes.

São 28 milhões de habitantes, ou 16% da população brasileira, na macrometrópole, que inclui a região de Campinas e a da Baixada Santista. A macrometrópole paulista, responsável por 80% do PIB estadual e 27% do nacional, desfruta de independência socioeconômica. Em meio a tanta riqueza, sobressai a escassez de água.

Graças às ações do Plano Diretor de Macrodrenagem que completa dez anos, temos o que comemorar: 1- o Tietê não transborda mais desde 2005; 2 - a Sabesp colocou em operação novas estações de tratamento de esgotos e ampliou a rede coletora; 3 - o DAEE aprofundou a calha do rio e cuidou de suas margens, agora urbanizadas; 4 - já foram construídos 42 piscinões de retenção de águas pluviais; entre várias outras realizações que poderíamos listar.

Na questão das águas, mesmo em São Paulo podem ocorrer situações desconhecidas, imponderáveis, como a recente catástrofe em Santa Catarina. Seja o que for, é preciso enfrentar a situação com tecnologia, estudos e previsões mais precisas. Temos que nos adiantar aos problemas. Em todas as circunstâncias, o governo tem que prevenir e agir. Sempre!

A defesa das águas está no centro das preocupações do governo Serra. Este ano foi criada a Parceria Público-Privada (PPP) Alto Tietê para ampliação da produção de água em 5 m³/s até 2010 para a RMSP. No mês passado, foi iniciado o estudo de definição das alternativas de novos mananciais para a macrometrópole paulista, com horizonte de 30 anos. O trabalho ficará pronto em outubro de 2009.

Como se vê, o governo do estado planeja e investe em várias ações e projetos para recuperar e preservar os recursos hídricos de São Paulo. O Programa de Despoluição do Tietê, da Sabesp, busca universalizar os serviços de coleta, afastamento e tratamento de esgotos. A meta é chegar a 2010 com 86% do esgoto coletado e 72% tratado (do coletado) nos municípios atendidos pela empresa na RMSP.

Além dos programas citados, estão em curso ações para a despoluição de córregos (Programa Córrego Limpo), com a complementação de redes coletoras, a identificação de ligações de esgotos clandestinas nas galerias pluviais, o reassentamento de famílias localizadas em faixas de fundo de vale e a educação ambiental. Igualmente, estão sendo realizadas intervenções para recuperar e garantir a qualidade das águas dos mananciais metropolitanos (Programa Vida Nova).

Outra vertente de trabalho para a recuperação e proteção dos recursos hídricos na RMSP é a criação de parques às margens dos rios Pinheiros (Parque Rio Pinheiros) e Tietê (Programa Várzeas do Tietê) e na região dos mananciais (Projeto Orla Guarapiranga e Parques do Rodoanel).

A conservação, recuperação e preservação do meio ambiente não podem depender apenas de ações isoladas, é preciso uma participação cooperativa entre o governo do estado, as prefeituras municipais e a sociedade. É assim que se resolvem problemas como o da poluição dos rios, da proteção dos mananciais e das várzeas e do lixo urbano.

Partindo do que já foi feito, está em andamento um conjunto de projetos articulados, que têm os rios Pinheiros e Tietê como referência e no qual R$ 4,5 bilhões estão sendo investidos, para dar à RMSP um novo rosto: o rosto limpo pela água de córregos, rios, represas e mananciais despoluídos, cercados por várzeas renascidas.

A grande meta é despoluir as águas da região metropolitana e criar parques, áreas verdes, que estimulem seus habitantes a desfrutar da satisfação de viver num ambiente limpo e progressista, que se projeta cada vez mais como uma metrópole mundial.

 
 
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