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COBRAPE - Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos
 
Notícias
Despoluição do Rio Pinheiros começa pela limpeza dos córregos
  
Assessoria de Comunicação
23/11/2020

Coleta de amostras para análise

Execução de coletor tronco

Implantação de rede coletora

Grupo de governança colaborativa

Caminhada Ambiental para verificação de espaço para revitalização

Antigo ponto viciado de lixo agora revitalizado

Oficina de confecção de brinquedos com materiais recicláveis

  • Coleta de amostras para análise
  • Execução de coletor tronco
  • Implantação de rede coletora
  • Grupo de governança colaborativa
  • Caminhada Ambiental para verificação de espaço para revitalização
  • Antigo ponto viciado de lixo agora revitalizado
  • Oficina de confecção de brinquedos com materiais recicláveis

O Programa Novo Rio Pinheiros, lançado em junho do ano passado pelo governo de São Paulo, pretende restituir à população paulistana, até 2022, um rio mais limpo, com a vida aquática recuperada e livre de odores. “Ninguém está falando de um rio que vai estar disponível para natação, para esportes de contato direto com a água. Ninguém está falando em beber a água do Rio Pinheiros. Estamos falando de um rio que tenha 100% do tempo condições aeróbias”, explica Benedito Braga, presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado – Sabesp, gerenciadora do Programa*.

Nas condições atuais, o Rio Pinheiros apresenta uma concentração de DBO (demanda bioquímica de oxigênio) entre 70 mg/L e 150 mg/L. A DBO indica a quantidade de oxigênio consumida para degradar a matéria orgânica presente na água. Quanto maior a DBO, mais oxigênio será consumido, causando mortandade de peixes e produção de odores. A meta do Programa é chegar a uma concentração de DBO igual ou inferior a 30 mg/L.

A estratégia adotada pela Sabesp para alcançar esse resultado tem como foco a limpeza dos córregos que deságuam no rio. Das 25 principais sub-bacias do Pinheiros, a maioria requer intervenções no sistema de esgoto para conter o lançamento in natura nos córregos. O desafio, segundo Benedito Braga, é tirar 2.800 litros por segundo de esgoto dos córregos para ter um rio que possa ser usado.

Para realizar essas intervenções, a Sabesp promoveu 16 licitações, correspondentes às áreas mais críticas. As empresas vencedoras foram contratadas na modalidade de contrato de performance, em que a remuneração é condicionada à consecução de um escopo mínimo em um período de 18 meses e ao acompanhamento e manutenção dos resultados até o prazo final de 60 meses. Os principais parâmetros para verificação do cumprimento da meta estabelecida são a concentração da DBO no córrego e o incremento do número de economias encaminhadas para tratamento.

A Cobrape integra os consórcios vencedores das licitações para duas áreas: Córrego Pedreira/Olaria, onde os trabalhos começaram em janeiro deste ano, e há inclusive previsão do cumprimento do escopo mínimo antes do prazo previsto, mesmo com as limitações impostas pela pandemia da Covid-19; e Alto Pirajuçara, com as atividades iniciadas em junho.

Complexidade do Projeto

As áreas de intervenção caracterizam-se por alta concentração populacional, grande número de invasões, ocupação inadequada de fundos de vale, moradias precárias muitas vezes avançando sobre os córregos e grande quantidade de esgoto não tratado.

Na sub-bacia do Pedreira/Olaria, segundo dados de início de projeto apresentados pela Sabesp, do esgoto gerado por 45.084 economias, 81% era coletado e 19% lançado nas ruas, nas galerias de águas pluviais ou diretamente no córrego. E do total coletado, apenas 73% era tratado. A concentração de DBO era de 129 mg/L. Para atingir a meta de redução desse valor a pelo menos 30 mg/L, deve ser encaminhado para tratamento o esgoto gerado por 13.969 economias.

A situação é mais complexa no Pirajuçara. Dada sua extensão, a sub-bacia foi subdividida em quatro empreendimentos. No lote correspondente à área de atuação da Cobrape, dados preliminares da Sabesp indicavam que do esgoto gerado por 146.497 economias, 76,88% era coletado e apenas 6,9% era encaminhado para tratamento, além de 23,12% não coletado. A meta é encaminhar para tratamento 105.832 economias e reduzir a DBO a pelo menos 75 mg/L, correspondente à cota-parte de cada um dos empreendimentos na sub-bacia para atingir os 30 mg/L em toda sua extensão.

As intervenções nas áreas são realizadas simultaneamente em três frentes: comunicação social e educação socioambiental; execução de obras e serviços de esgotamento sanitário e melhorias operacionais; e monitoramento da qualidade da água do córrego com o acompanhamento dos níveis de DBO conforme a evolução das obras.

O escopo mínimo a ser cumprido em 18 meses inclui a execução de coletores-tronco, redes de esgoto, ligações domiciliares e intradomiciliares, além de ligações avulsas e sucessivas em áreas de alta vulnerabilidade, instalação de sistemas de coleta de tempo seco e interligações no sistema de esgotamento sanitário existente

Primeiros Resultados

Com base em análises laboratoriais, que são realizadas semanalmente em vários pontos de coleta nas áreas de intervenção para medir o índice de DBO, foram projetadas e executadas na Bacia PI 36 – Córrego Pedreira, até este mês de novembro, obras físicas de implantação de um coletor tronco de esgoto de 1234,31 metros ligado a um interceptor já existente, localizado na Avenida Miguel Yunes. Desse ponto, o esgoto passa a ser enviado para o sistema de tratamento da ETE Barueri, através de um coletor tronco de 32 km.

Foram também implantados 8.018,55 metros de rede de coleta de esgoto e 3.462 ligações, transformando 4.298 economias não tratadas de TL 0 (ligações somente de água) para TL1 (ligações de água e esgoto). E ainda, 1178,16 metros e 13 interligações no sistema de esgotamento sanitário já existente, que possibilitou enviar para a ETE Barueri 8.717 economias que anteriormente eram despejadas diretamente nos córregos – totalizando 13.015 economias que passaram a ser enviadas para tratamento.

Para que todo esse processo estrutural de redes de coleta seja viabilizado, é realizado um trabalho preliminar de varredura e detecção de anomalias, com 24.240 metros executados até o momento.

Na área da Bacia PI 03 – Alto Pirajuçara, estão em execução as obras físicas de implantação de 27.496 metros coletores tronco e 202 Interligações de esgoto para possibilitar a ligação no interceptor das Avenida Miguel Yunes e o envio para a ETE Barueri, através de um coletor tronco de 32 km.

Está prevista também a implantação de redes coletoras e ligações, num total de 9.000 metros de rede de coleta e 12.000 ligações. Com essas obras, cerca de 17.000 economias não tratadas passarão de TL 0 para TL1. E outras 88.000 economias que eram despejadas diretamente nos córregos serão também enviadas para tratamento – totalizando 105.000 economias retiradas dos córregos.

O trabalho de varredura e detecção de anomalias totalizou até o momento 46.953 metros executados.

 Ações Socioambientais

As ações das equipes de assistentes sociais dão suporte a todo o trabalho de engenheiros e técnicos no processo de execução de obras e serviços, desde os contatos iniciais com lideranças comunitárias e com moradores para apresentação do Programa Novo Pinheiros e para coleta de assinaturas de adesão; e a formação de grupos de trabalho com instituições parceiras para elaboração do Diagnóstico Integrado Socioambiental das áreas de intervenção.

Duas diretrizes básicas orientam as ações e atividades das equipes: a mobilização e o estímulo à participação ativa dos moradores, de forma organizada, em todo processo; e a educação ambiental e conscientização para a importância de valorizar e preservar as infraestruturas implantadas, tanto individuais como coletivas.

Entre as ações desenvolvidas, incluem-se a revitalização de pontos viciados de lixo, Instalação de caçambas para coleta de materiais recicláveis e oficinas confecção de brinquedos reutilizando esses materiais, caminhadas ambientais com grupos de adultos e de crianças, orientação para o descarte adequado de óleo de cozinha, oficina sobre saneamento básico e uso racional de água, além de medidas para prevenir o contágio da Covid-19, com a distribuição de kits de higiene e limpeza, máscaras protetoras e cestas básicas para famílias em alta vulnerabilidade social.

Mesmo com as restrições impostas pela pandemia, que limitaram as visitas domiciliares e as reuniões presenciais com grande número de pessoas, a comunicação com os moradores para informar e tirar dúvidas é uma atividade permanente, mantida através de distribuição de impressos, e-mail e telefone com aplicativo de mensagens.

Qualidade da Água

A equipe de qualidade da água acompanha os resultados dos contratos através da relação da evolução das obras e da DBO ao longo dos córregos. Esse trabalho permite a verificação da possibilidade de se atingir a meta de DBO no ponto de controle.

A concentração de DBO no ponto de controle é função da mistura da vazão e carga de DBO de esgoto lançado nos córregos, com a vazão e carga de DBO natural da bacia. O cálculo teórico desta concentração considera os lançamentos de esgoto estimados pela Sabesp e dados disponibilizados pelo DAEE – Departamento do Águas e Energia Elétrica de São Paulo.

As bacias foram divididas em subáreas para as quais foram estimadas as vazões e cargas de esgoto teóricas e vazões e cargas naturais. Conforme o andamento das obras, essas estimativas são atualizadas. Paralelamente ao cálculo teórico é realizada uma varredura em que são monitoradas a vazão e a DBO tanto no exutório dessas subáreas como na rede coletora. É esperado que ocorra a diminuição de vazão e carga de DBO ao longo do córrego, e o aumento delas nas redes coletoras conforme a evolução dos trabalhos.

As áreas onde os resultados correspondem aos esperados são identificadas e onde os resultados não correspondam são apontadas para que a varredura possa fazer investigação. São emitidos informes para o registro da evolução das obras e condições para que se atinja a meta de DBO. Caso haja uma piora das condições da concentração de DBO no córrego de alguma subárea, é emitido um alerta para que a varredura verifique a causa para que a meta não seja comprometida.


*Ver em: https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,despoluicao-do-pinheiros-nao-vai-ser-para-natacao-nem-para-beber-agua-mas-para-voltar-a-ter-vida,70003026939

 
 
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