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Redução de perdas de água em área de alta vulnerabilidade supera meta fixada em contrato de performance
  
Assessoria de Comunicação
30/08/2017

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp vem adotando, já há alguns anos, os chamados “contratos de performance” ou “contratos de desempenho” para redução de perdas reais de água e eficiência energética. Essa modalidade de contrato possibilita viabilizar em curto prazo ações corretivas e preventivas sem desembolso imediato de recursos e com o comprometimento da contratada com os resultados. Esta é remunerada de acordo com o aumento no faturamento gerado com a redução de perdas. Com base na experiência adquirida, a empresa decidiu estender a modalidade para o segmento de perdas aparentes de água em áreas de alta vulnerabilidade social.

Um dos primeiros contratos desse tipo foi firmado com o Consórcio Cobrape-Enops-Compuway em abril de 2016, para um período de 48 meses, e tem como objeto a recuperação da medição e de faturamentos do volume de água fornecido pela Sabesp para áreas de alta vulnerabilidade social na Unidade de Gerenciamento Regional Santo Amaro. Foi estabelecido como escopo mínimo obrigatório a regularização de 2.400 ligações novas, 1.454 ligações inativas e 250 ligações com consumo zero, totalizando 4.104 ligações, de maneira a obter um incremento de 47.853 m3/mês no volume medido.

O contrato compreende três etapas. A primeira, já realizada com êxito pelo Consórcio, tem duração de 12 meses, nos quais deve ser cumprido o escopo obrigatório. Nos 18 meses subsequentes, realiza-se a apuração da performance média, com o monitoramento do consumo pós-implantação do escopo, e a contratada passa a ter uma remuneração variável. Nos 18 meses finais, a remuneração será fixa de acordo com o apurado na etapa anterior.

Os resultados obtidos até aqui foram além do esperado. Na primeira apuração parcial da performance média, de abril a junho deste ano, foram registrados 51.733 m3/mês de volume médio medido – 3.880 m3/mês acima da meta estabelecida no contrato, com a regularização de 2.525 ligações novas, 1.842 ligações inativas e 428 ligações com consumo zero.

Desafios do Projeto

A área de atuação do projeto abrange um conjunto de 13 comunidades na periferia de Santo Amaro com 4.901 moradias e uma população total de 13.700 habitantes em situação de alta vulnerabilidade.

“De início tínhamos dois grandes desafios”, relata o engenheiro Ramon Velloso de Oliveira, que coordena a equipe técnica do Consórcio juntamente com a tecnóloga Roselaine Nunes. “O primeiro era conquistar a confiança dos moradores e obter sua adesão à rede oficial de água; o segundo, resolver as questões operacionais para a implantação física do projeto em condições de extrema precariedade, vielas muito estreitas para instalação de redes e ligações e interferências de todo tipo: redes provisórias, águas pluviais, esgotos, emaranhados de redes elétricas.”

Desde a entrada na área, todo trabalho foi acompanhado por uma equipe de técnicos sociais da Cobrape com larga experiência no trato com comunidades carentes. O primeiro passo era informar, esclarecer e conscientizar os moradores sobre os benefícios da ligação domiciliar de água para a saúde e o bem-estar da família. Para isso, foram promovidas campanhas de divulgação, reuniões públicas e palestras educativas em todas as comunidades, com o apoio de lideranças locais, órgãos públicos e ONGs atuantes na área.

O passo seguinte foram as ações individualizadas com visitas a 4.901 moradias para apresentação do projeto e o cadastramento comercial; e posteriormente para a negociação de débitos e a autorização para a execução do projeto. Foram elaborados 4.245 Termos de Adesão à rede oficial, mediante os quais moradores se comprometem a pagar uma tarifa social mínima sem nenhum ônus pela implantação da infraestrutura e o registro do imóvel no cadastro da Sabesp.

A parte técnica do projeto foi equacionada com base em inspeções estruturais em campo para conhecimento das áreas, das condições construtivas, distribuição dos imóveis e em levantamento de informações com os moradores. Foram identificadas e localizadas na área das comunidades e entorno 2.525 ligações novas, 1.469 ligações inativas e 251 ligações com consumo zero localizadas.

Para a regularização no abastecimento foram implantados 10,8 km de redes, aproximadamente 7,6 km de ramais e regularizadas 4.225 ligações de água. Complementarmente, os moradores receberam orientações para a efetivação das ligações intradomiciliares.

“O desafio agora é garantir que os ganhos obtidos com a recuperação da medição e de faturamentos do volume de água se mantenham durante os 18 meses de apuração da performance”, diz o engenheiro Ramon Velloso de Oliveira. “No mínimo, temos de garantir a meta mínima mensal estabelecida no contrato de um incremento de 47.853 m3/mês no volume medido.”

Nesta etapa, toda a equipe de engenheiros, técnicos e assistentes sociais permanece na área de intervenção para acompanhar o consumo mensal, realizar a manutenção preventiva ou corretiva das instalações, combater irregularidades nas ligações ou hidrômetros, evitar novas ligações clandestinas, assim como orientar os moradores sobre o uso apropriado das redes da Sabesp e o impacto do desperdício no valor das contas. 

 
 
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