Compromisso é desenvolver a agenda setorial em sintonia com as grandes questões que movem nosso País
Ressaltando a importância de "dividir esforços e juntar forças" em parcerias com outras entidades e a sociedade em geral, o diretor da Cobrape, Alceu Bittencourt, tomou posse nesta quarta-feira, 12 de agosto, como presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária a Ambiental, seção São Paulo, para um segundo mandato (2015-2017). Dentre os agradecimentos, além da esposa Marisa, o engenheiro manifestou sua gratidão "aos colegas da empresa onde trabalho" por ser obrigado a tornar mais "escasso" seu tempo dedicado à Cobrape em função das atividades na entidade, que hoje desempenha papel da mais alta relevância no enfrentamento da crise hídrica.
A chapa Saneamento, Ambiente e Cidadania, encabeçada por Bittencourt, foi eleita em junho, tendo Márcio de Oliveira, superintendente da Sabesp, como vice. Dentre suas diretrizes programáticas figuram: ampliar a presença da Abes-SP na discussão e deliberação das grandes questões de saneamento e meio ambiente, apoiar a Abes Nacional na reflexão, debate e encaminhamento das grandes questões político-institucionais do setor e abranger a diversidade de visões e interesses existentes. "O compromisso da chapa é desenvolver a agenda setorial em sintonia com as grandes questões que movem nosso País", concluiu o dirigente em seu discurso para o público reunido no auditório do Conselho Regional de Química, situado no bairro de Pinheiros.
O presidente reeleito afirmou que a entidade é "aberta a profissionais de todas as formações" e falou da importância das Câmaras Técnicas, subseções e do Programa Jovens Profissionais do Saneamento Ambiental, que visa preparar novos quadros para o setor. Entre os temas recorrentes tratados pela entidade, citou as políticas públicas, urbanização de favelas, comunidades isoladas, despoluição dos corpos de água, drenagem de águas fluviais, resíduos sólidos, uso racional da água, redução de perdas, regulação de serviços e outras questões.
Planejamento
Para Bittencourt, a experiência com a crise deixa muitas reflexões e aprendizados, a começar pela importância de rever e valorizar o planejamento, "entendido não somente como elaboração de planos, mas como todo o processo de sua aplicação, controle e atualização."
Outro ponto abordado na fala do presidente reconduzido ao cargo foi a necessidade de recursos fiscais para o setor. "Nem tudo é financiável por tarifas. Outras fontes são necessárias para ajudar a pagar pela despoluição, pelos serviços a faixas da população de maior vulnerabilidade social, a pequenas comunidades, ao saneamento rural, e agora, também, pelas intervenções de aumento da segurança hídrica."
As discussões e reflexões sobre a crise hídrica permearam a primeira gestão de Bittencourt à frente da Abes-SP. A partir delas, foi criada a base de uma apresentação feita pela entidade no Fórum Mundial da Água, realizado na Coréia do Sul no mês de abril deste ano. Também deram origem a uma proposta de discussão estruturada que será levada ao próximo Congresso Nacional da ABES, que irá ocorrer em outubro, no Rio de Janeiro.
Ciência
Presente ao evento, a engenheira Mônica Porto, secretária-adjunta de Recursos Hídricos, afirmou que a parceria da Abes com as autoridades estaduais "é cada vez mais necessária para que possamos sair da crise." Integrante do Conselho da entidade e professora da USP, Márcia também citou o papel "relevante" da Abes junto à comunidade científica.
Prestigiaram também da solenidade de posse o ex-governador Alberto Goldman, membro do conselho da Sabesp, o presidente da Abes Nacional, Dante Ragazzi Pauli, e dirigentes de diversas entidades, como ABNT, Sinaenco e outras. Da Cobrape, participou o executivo Luís Eduardo Grisotto, representante junto ao Conselho diretor da Abes-SP e coordenador da Câmara Técnica de Recursos Hídricos.
