Líder do grupo enviado pela Ball State University, John Motloch elogiou nível técnico da Cobrape
Uma experiência única e valiosa que não poderia ter sido obtida nos Estados Unidos. Assim o professor John Motloch, da Ball State University (Indiana, Estados Unidos), qualificou a participação de sua equipe de dez estudantes no workshop promovido pelo escritório do Rio de Janeiro da Cobrape, no último dia 8 de junho. O objetivo foi discutir metodologias de planejamento no âmbito do Zoneamento Ecológico e Econômico – ZEE e do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Baía de Sepetiba, projetos desenvolvidos pela empresa para a Secretaria de Estado do Ambiente do RJ.
De acordo com Motloch, a viagem do grupo ao Brasil resultou de uma longa associação com Rodolpho Ramina, consultor da Cobrape, a partir de uma apresentação da consultoria no Texas. "Solicitei esse workshop com a Cobrape no Rio para culminar a programação acadêmica de minha turma na Ball State neste período. Acabou sendo tudo que eu imaginava e mais um pouco", comentou.
O professor considerou “excelentes” as apresentações feitas durante o workshop por Ramina e o engenheiro Carlos Eduardo Curi Gallego (Cadu), coordenador da Cobrape no RJ. "Cadu nos deu uma visão geral do ambiente operacional da Cobrape e de como ela vem funcionando de forma muito eficaz", observou. Quanto ao ZEE, despertou a atenção do norte-americano como o projeto "interliga as questões ambientais - preservação, proteção, biodiversidade, recuperação de terras - e aspectos econômicos, como mineração, turismo e outros."
Motloch, autor da obra Introduction to Landscape Design, também considerou "relevante e interessante" a configuração exposta por Ramina sobre Sepetiba. "Três questões foram levantadas: o que é um plano de desenvolvimento sustentável? Quais são os interesses e grupos conflitantes? Quais as relações a serem construídas para se ir além?"
Já na perspectiva do grupo de estudantes, Motloch disse que o grupo se interessou sobre "como cenários podem convergir e revelar objetivos desejáveis." Também houve surpresa quanto à rapidez da alteração da opinião pública no que tange ao projeto. Para o mestre da Ball State, seus alunos saíram da apresentação com uma melhor compreensão "de seu valor no futuro" e da "importância social como planejadores e designers."
Resumindo a experiência, o professor de paisagismo considerou que a equipe teve benefícios ao observar "o mais alto calibre em planejamento ambiental e como os planejadores se envolvem com os diversos setores para promover um futuro sustentável." Motloch é diretor de paisagismo da Ball State University e dirige também o programa de Sustentabilidade para as Américas da mesma instituição. Recebeu o prêmio Education-Research Building Demonstrating How To Live Sustainably in the Midwest (2009).
Ball State
Fundada em 1917 por empresários da família Ball, a universidade passou um ano depois para o controle do Estado de Indiana. Possui 21 mil estudantes de graduação e pós (2013). Ocupa uma área de 4.6 km² com 106 edifícios. A instituição adota a sustentabilidade ambiental como um componente principal de seu planejamento e visão estratégica.
A partir de meados da década passada, todas as novas construções e reformas são projetadas para atender metas de liderança em energia e design ambiental. Os padrões incluem critérios ecológicos, escolha do local, do tipo de energia e eficiência da água, além da seleção de materiais e qualidade ambiental interna. A universidade desvia 20% dos seus resíduos dos aterros por meio de esforços de reciclagem e também investe em veículos híbridos, ônibus elétricos híbridos e veículos de transporte com energias alternativas.
