O Estado de São Paulo vive situação dramática relativa à quantidade reduzida de chuvas e a consequente baixa do Sistema Canteira, cujo volume de água, responsável por atender mais de oito milhões de pessoas entre a capital e a região metropolitana, chegou a 16,1% no início de março, o menor em dez anos. Por isso, ações que busquem desonerar esse sistema são muito bem-vindas, a exemplo do início do Programa de Obras do Sistema Produtor São Lourenço.

O futuro sistema abrangerá uma Estação de Tratamento de Água - ETA, estações de bombeamento e reservatórios para armazenar até 110 milhões de litros d´água captada da represa Cachoeira do França, localizada em Ibiúna e formada pelo rio Juquiá. Sua importância está calcada na complementação da vazão disponibilizada por sistemas já existentes, como o Cantareira, Guarapiranga, Alto Cotia e Baixo Cotia.

Atuando no limiar de sua capacidade hídrica, eles terão a ajuda do Sistema São Lourenço para o aumento da oferta média de água tratada em 3,7 m³/s. Com este incremento, 1,5 milhões de moradores dos municípios de Barueri, Cotia, Carapicuíba, Embu, Embu-Guaçu, Itapevi, Jandira, Osasco, Santana de Parnaíba, Itapecerica da Serra e São Paulo serão beneficiados diretamente.

As obras serão iniciadas em abril e prosseguirão pelos próximos quatro anos sob responsabilidade da empresa vencedora da licitação, a Sistema Produtor São Lourenço S.A, formado pelas construtoras Camargo Correa e Andrade Gutierrez. Após sua conclusão, ela atuará como a concessionária administrativa do sistema.

O consórcio formado pelas empresas Cobrape e Vizca atuará na gestão metodológica, na supervisão do programa de obras e nas auditorias de garantia da qualidade, auxiliando a Sabesp nas ações de acompanhamento, aprovação e gestão das informações. Como operadora do sistema de prestação de serviços e controladora das demandas e interligações, a Sabesp tem especial interesse nesse acompanhamento.

Durante os trabalhos serão observados a gestão das informações do programa de obras, a supervisão de sua execução, a administração e monitoramento do contrato de concessão e o suporte à Sabesp na viabilização e manutenção da infraestrutura de recursos previstos. O consórcio também será responsável por auditorias nos planos de qualidade da empresa concessionária e pela elaboração do Programa de Apoio aos Municípios.